domingo, outubro 11, 2009

Uma mulher trompetista



Foi ontem à noite transmitido, pelo canal 2 da RTP, o concerto de encerramento dos concertos Promenade 2009, que ocorreu no passado dia 12 de Setembro no Royal Albert Hall, em Londres. Uma das estrelas da noite foi Alison Balsom , jovem trompetista inglesa recentemente premiada com o Female Artist of the Year 2009 pelos Classical Brits Awards.
Talvez ainda mais invulgar do que uma mulher maestrina, é esta estranha figura feminina de vestido de noite e trompete na mão. Alison pertence às mais recentes gerações de músicos que aliam o talento à beleza e ao poder da imagem. E como em todos esses casos, se há quem lhe gabe as competências musicais, também há quem a considere um mero produto comercial...
Pessoalmente, que de trompetes pouco percebo,soa-me bem... haverá por aí algum trompetista entendido que nos brinde com a sua opinião?...

5 comentários:

Silvia disse...

Pois a mim, que não percebo nada de trompetes, parece-me muito bem. Acho normal uma mulher tocar trompete, na filarmónica onde aprendi música há uma trompetista e uma trompista (a Fátima Mestre que vocês conhecem). Nas filarmónicas é comum ver-se mulheres a tocarem esses sopros mais "masculinizados".
Acho bem que os artistas clássicos adoptem essa postura "pop", tal como faz a Cecilia Bartolli. Assim levam a outros públicos a música erudita.

Ana Cláudia disse...

Concordo, Sílvia, mas uma mulher trompetista solista é raro!

E eu à espera que chovessem comentários masculinos neste post, afinal...

Pianoman disse...

Não comento a questão da trompetista porque acho que não deve ser uma questão (pronto, eu sei...isto já é um comentário em si mesmo).
Apenas quero perguntar à Sílvia: postura "pop" da Cecilia Bartoli ? onde? não conheço nada da Bartoli que tenha uma postura "pop". Fora de palco, talvez, mas apenas isso.
Não será antes da Anne Sofie con Otter? essa é que cantou coisas assumidamente pop, como os ABBA, por exemplo.

Silvia disse...

A Bartolli não canta pop obviamente, mas o que eu quis dizer foi que ela gere a sua carreira de uma perspectiva que tem mais a ver com os artistas pop. Cuida da imagem, agenda concertos com todo o cuidado, e é uma artista com uma postura acessível, que demonstra que os artistas clássicos não são todos "divos" inatingíveis.

Raquel disse...

E tocar trompete com um cai-cai? Isso sim parece-me mais complicado....