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terça-feira, julho 06, 2010

Matilde Rosa Araújo (1921-2010)

Numa singela homenagem à escritora e poetisa hoje desaparecida, aqui fica "Figuinho da capa rota", retirado do "Livro da Tila" e composto por Fernando Lopes Graça. A interpretação é do Coro Infantil "Os Gambozinos" sob direcção de Susana Ralha.



Figuinho da capa rota

Figuinho da capa rota
É tão pobre e tão rotinho;
Figuinho da capa rota
Foi rota devagarinho

Figuinho da capa rota,
Ai quem te quer almoçar
Figuinho da capa rota
Eu nem o posso provar…

Figuinho da capa rota,
Verde nos primeiros tempos
Veio o Sol e veio a Lua,
Vieram chuvas e ventos.

Figuinho da capa rota,
Que nasceu da mãe-figueira,
Teve sóis e teve luar,
Pássaros à sua beira.

Figuinho da capa rota
Bicado pelos passarinhos:
Figuinho da capa rota
Ninguém lhe põe remendinhos.

Figuinho da capa rota
Tornou-se da cor do mel;
O tempo veio rompê-lo,
Rasgou-se como papel…

Mas agora a mãe-figueira
Está com folhas e sem fruto,
Que o verde é sua maneira
Muito simples de pôr luto.


Araújo, Matilde Rosa , Livro da Tila.

segunda-feira, novembro 30, 2009

Vinde Povo...



Vejam só o que descobri no Tubo! A mais recente peça de Rheinbergher que o CCS se encontra a preparar, a terceira deste compositor.



Joseph Rheinberger, organista e compositor do Liechtenstein, nasceu em 1839 e faleceu em 1901. Foi um compositor muito prolífico: as suas obras religiosas incluem 12 missas, um Requiem e um Stabat Mater. Outras obras incluem várias óperas, sinfonias, música de câmara, e peças corais. Hoje é recordado quase exclusivamente pelas suas obras para orgão, sendo que as suas sonatas para este instrumento são consideradas a mais importante contribuição de música para orgão desde Mendelssohn.

quarta-feira, outubro 21, 2009

Canção de Outono



Parece-me apropriado. Por um lado, porque o propriamente dito parece, finalmente, ter chegado. Por outro, porque a voz pertence a Ana Leonor Pereira, precisamente o soprano solista que irá cantar connosco a Missa Katharina, já na próxima sexta-feira. Quanto ao pianista António Ferreira e ao compositor David de Souza, dêem-me um tempinho para investigar que eu já cá volto. ;)

domingo, outubro 11, 2009

Uma mulher trompetista



Foi ontem à noite transmitido, pelo canal 2 da RTP, o concerto de encerramento dos concertos Promenade 2009, que ocorreu no passado dia 12 de Setembro no Royal Albert Hall, em Londres. Uma das estrelas da noite foi Alison Balsom , jovem trompetista inglesa recentemente premiada com o Female Artist of the Year 2009 pelos Classical Brits Awards.
Talvez ainda mais invulgar do que uma mulher maestrina, é esta estranha figura feminina de vestido de noite e trompete na mão. Alison pertence às mais recentes gerações de músicos que aliam o talento à beleza e ao poder da imagem. E como em todos esses casos, se há quem lhe gabe as competências musicais, também há quem a considere um mero produto comercial...
Pessoalmente, que de trompetes pouco percebo,soa-me bem... haverá por aí algum trompetista entendido que nos brinde com a sua opinião?...

sexta-feira, outubro 09, 2009

Entrevista a Joana Carneiro


"Estamos cá para emocionar toda a gente”
É um caso invulgar de sucesso. Após o recente êxito de Veneza, assume a californiana Orquestra de Berkeley. Sydney e Paris já estão na rota. Mas é em casa com a família que quer passar muito do seu tempo.

Convites não lhe faltam. Aceita e recusa ao ritmo de dois tempos: o tempo para conseguir um bom projecto e o tempo para ter uma certa sensação de rotina. Joana Carneiro quer “dedicar a vida a uma arte tão extraordinária” que é “capaz de alterar a vida das pessoas” – a música.

Neste momento, está na Califórnia para abraçar um novo projecto: dirigir a Orquestra Sinfónica de Berkeley. O que a entusiasmou nesta proposta?
É uma orquestra que tem uma tradição muito profunda no sentido da inovação musical. O maestro que foi titular desta orquestra, ao longo de 30 anos, estabeleceu esta tradição de trabalhar com compositores vivos, de associar a composição de hoje à composição de ontem, de manter relações significativas com artistas dos nossos tempos. Isso foi um dos factos mais importantes para ver nesta orquestra a possibilidade de inovação, criatividade, num meio intelectualmente muito aberto a este pensamento e relações artísticas.

É complicado estar agora no lugar onde esteve o maestro Kent Nagano tantos anos?
É evidente que estou ciente da tradição que esta orquestra tem. É evidente que me sinto inspirada, que tenho o maior respeito pelo trabalho que este maestro fez ao longo destas décadas todas. Mas é sobretudo uma fonte de inspiração para continuar o trabalho que foi feito agora através da minha estética e sensibilidade, tentar encontrar uma continuação para essa tradição. É uma grande responsabilidade seguir os passos de uma pessoa tão importante não só na história da cidade, como na história da música em geral. Mas é uma responsabilidade ligada a uma inspiração muito grande.

Ainda recentemente esteve em Veneza a dirigir a Orquestra Sinfónica do Teatro La Fenice. Mais um concerto de êxito. Esta é a vida com que sempre sonhou?
Penso que sim... O meu sonho sempre foi continuar a dirigir, um dia ter a minha orquestra, poder dirigir por todo o Mundo, interagir com artistas que tocam profundamente a alma humana através da sua expressão musical. Nesse sentido, não só é o que sonhei, como é muito mais do que alguma vez pensei conseguir.

O resto da entrevista, concedida ao Jornal de Notícias, aqui.

Para qualquer maestro, ser-se convidado para dirigir uma orquestra com o prestígio da Orquestra de Berkeley é motivo de grande orgulho; o facto de suceder a Kent Nagano aumenta a responsabilidade mas também o prestígio.
O facto de esse maestro vir de um país com pouca tradição musical como o nosso e, ainda, por ser uma mulher, num meio tradicionalmente masculino, só pode ser sinal de competência.

segunda-feira, maio 04, 2009

Vasco Granja ( 1925-2009 )



Morreu hoje, aos 83 anos de idade, Vasco Granja.
Se calhar, muitos dos nossos jovens coralistas não o conhecem... mas aqueles que, como nós, nasceram nos anos 70 estão decerto marcados por esta figura.
I Know I am.
Roubámos a ideia deste vídeo ao GRANDE Umbigo.