segunda-feira, março 23, 2009
Favoritos - 27 *
Imaginem um pianista (Vladimir Horowitz) que sai da sua terra natal (União Soviética) como um grande virtuoso do piano e faz a sua carreira nos Estados Unidos e pelo mundo fora.
60 anos depois (em 1986), em plena Perestroika de Mikhail Gorbatchev, Horowitz retorna à sua Pátria para tocar na mítica sala do Conservatório de Moscovo. Fê-lo pela última vez, pois morreria em 1989.
O concerto foi um momento único de emoção. Os bilhetes esgotaram em 2 horas depois de terem sido postos à venda. A procura foi tal que Horowitz viu-se obrigado a fazer um ensaio público no dia anterior ao concerto (com a sala compeltamente cheia).
A peça interpretada neste vídeo (como encore) é a "Traumerei" do "Álbum para a Juventude" de Schumann.
Vejam a emoção do público. Emociono-me profundamente SEMPRE que vejo a cena aos 1:30. O que imaginam que aquela lágrima significa? para mim é nostalgia, saudade de um passado glorioso, não sei como explicar. Expliquem vocês. E chorem. Eu choro...
Nuno Batoca
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8 comentários:
E perguntam vocês, por que motivo tem este favorito tem um asterisco à frente? A resposta é simples, é a segunda proposta deste nosso amigo...
Será que chegaremos às cinco estrelas?
Palpita-me que não será difícil...
Posto isto só me resta dizer:
Fulminante...
Este Pianoman saiu-me cá um lamechas! Onde é que já se viu um homem chorar!! Eu cá não choro! Nunca!!
Agora a sério, é um video fantástico de um momento mágico de amor puro. Por um país, por um povo, por um homem, pela música.
Obrigado Nuno.
E aquela atitude do Horowitz no final da peça, de encolher os ombros, como quem diz pronto, é isto, não tenho mais a dizer-vos, como se a música tivesse acabado de exprimir plenamente o seu sentir, é, para mim, de uma humildade enternecedora e de uma grande nobreza, próprias de um grande homem.
Exactamente ! sempre admirei esse gesto do Horowitz, porque quem (como eu) tenta estar informado sobre vários aspectos deste pianista sabe que ele era realmente uma pessoa simples e terna, como afinal devem ser os grandes génios.
Naquele momento, provavelmente muitas das pessoas do público estariam a passar pelo momento de pura emoção e transcendência mais importante das suas vidas, e aquele velhinho simpático encolhe os ombros no final da música como se não fosse nada.
É dos meus momentos preferidos de sempre, sem dúvida. Dava um dedo do pé (esquerdo de preferência) para ter lá estado...
Lindo! Os favoritos do Nuno são sempre carregados de significado e emoção. Quem diria que o nosso pianista era tão sensível?...
É de facto lindo!
Ele ao tocar consegue transmitir mesmo a ideia do nome da peça... é mesmo um sonho...
Que grande senhor!
Fico ansiosamente à espera da terceira sugestão do Pianoman...
ai a pressão...a pressão...
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