Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O Coro de Câmara de Setúbal, formado em Setembro de 2003 como coro misto, passou em 2010, a funcionar como coro feminino. Constituído por gente jovem, não só de idade, mas também de espírito, o nosso interesse é fazer boa música e cultivar a amizade. Aqui mostramos quem somos, o que fazemos e do que gostamos. Divulgamos ainda outros eventos culturais da nossa cidade. Obrigado pela sua visita!
6 comentários:
Eu tinha dois anos e meio, não guardo nenhuma memória directa. Mas desde sempre que ouço a seguinte história: vivíamos em Setúbal, mas o meu pai deslocava-se diariamente a Lisboa para o seu local de trabalho. Nesse dia, o telefone tocou às sete da manhã; era um amigo da família, residente em Lisboa, a avisar o meu pai para não ir trabalhar pois "estava a decorrer uma Revolução" nas ruas da capital.
Eu cá estava estava a 3 meses de vir cá para fora.. Mas tenho algums histórias de família incluindo tios presos pela Pide. Do dia 25, lembro-me do meu pai contar que deu por si em pleno Terreio do Paço entre as forças revoluionárias e as tropas leais ao regime, no momento em que é dada ordem de fogo, ordem essa desobedecida, o que terá evitado um banho de sangue e, provavelmente, a guerra civil.
E viva a LIBERDADE!
A minha história do 25 de Abril (tinha um ano e 8 dias de idade) é EXACTAMENTE igual à da Ana Cláudia, com apenas a diferença de morarmos em Almada e não em Setúbal.
25 de Abril SEMPRE !
Eu tinha quase 3 anos. O meu pai odiava o regime, ouvia as músicas todas do Zeca, lia livros proibidos, etc. Quando eu era já uma adolescente lembro-me de ele me dizer:"A seguir ao dia que tu nasceste, o dia 25 de Abril de 1974foi o melhor dia da minha vida".
Então, sou eu a cota cá do sítio :D
No dia 25 de Abril de 1974 tinha eu 4 anos e vivia na Maxixe (Moçambique). Não me lembro de nada relacionado com esta data. Aliás, nem da data da independência de Moçambique me lembro, o que é estranho. Cheguei a Portugal quase a fazer 7 anos e poucas recordações tenho dos anos anteriores. Acredito que seja uma defesa do meu subconsciente... Pelo que me contam, os últimos anos nesse país foram difíceis para a minha família, que tinha duas crianças nascidas lá e as autoridades moçambicanas não queriam deixá-las sair do país. Nem imagino o sofrimento dos meus pais...
O que sei sobre o 25 de Abril está relacionado com o resto da família que por cá ficou em Portugal continental e com o que vou ouvindo dos meus sogros, que pertencendo ambos à função pública, muitas histórias inacreditáveis vão contando nas reuniões familiares.
Esta imagem que praticamente representa (ainda hoje) o 25 de Abril dá realmente que pensar.
O rapazito esfarrapado é Diogo Freire, filho de Pedro Bandeira Freire (fundador do cinema Quarteto e que morreu há coisa de 1 ano). Um típico proletário, portanto.
Hoje não tem nada de esfarrapado. É director financeiro de uma empresa em Londres e, segundo as suas próprias palavras, nunca exerceu o seu direito de voto. Sabem do que estou a falar? é qualquer coisa que apareceu por volta de 1974...
Enviar um comentário